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Portugal Imaginário — Turismo, Propaganda e Poder (1910-1970)

Uma exposição documental sobre as ferramentas de comunicação gráfica de um 'Portugal Imaginário' criado pela propaganda nacional e política do Estado Novo, um 'Sunny Portugal' em cartazes, brochuras, revistas, livros e objetos de arte popular.

Portugal Imaginário — Turismo, Propaganda e Poder (1910-1970) é uma exposição documental, de carácter iconográfico, que traça uma panorâmica sobre a evolução do turismo em Portugal, desde o início do século XX até ao início da década de 70. Identifica as temáticas, as expressões gráficas e as principais linhas de orientação ideológica das entidades que, ao longo deste período, assumem a promoção turística nacional: Sociedade de Propaganda de Portugal, Secretariado de Propaganda Nacional, Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo. Os documentos selecionados (cartazes, brochuras, revistas, livros e objetos de arte popular) demonstram a qualidade artística e gráfica dos materiais produzidos, numa época de surgimento de um novo paradigma estético e grande renovação das artes gráficas. Apelam ainda à descoberta dos destinos turísticos publicitados pelo regime salazarista, ilustrando as motivações então associadas ao imaginário turístico português de criação de uma imagem de um país moderno e civilizado, assente na apropriação e recriação da ruralidade e do folclore. O retrato de um Sunny Portugal, que se afirmava grande na dimensão de um império colonial, simultaneamente tradicional e rural, moderno e de bom gosto, possibilita também uma reflexão sobre a identidade contemporânea de um país e das suas narrativas, ora realistas, ora idealistas.
Num contexto em que a gentrificação das principais cidades portuguesas, motivada pela aceleração da procura turística, emerge como temática a exigir reflexão atenta, esta exposição da Casa do Design possibilita um aprofundar do conhecimento em torno de uma idealização nacional veiculada pela comunicação turística e de propaganda, iniciando-se no contexto de um ideal internacionalista da 1ª República e reconfigurando-se — já depois da concretização do Estoril como estância turística criada de raiz e do milagre de Fátima — com o Estado Novo. A promoção turística foi durante este período um dos mais eficazes instrumentos de propaganda nacional e política, na criação de um Portugal Imaginário, sob a direção de António Ferro, para o qual contribuíram notáveis designers e ilustradores modernistas (Fred Kradolfer, Paolo Ferreira, Bernardo Marques, Tom entre outros), na sua maioria esquecidos pela História da Arte e do Design devido às suas ligações ao regime. — José Bártolo e Sara Pinheiro, curadores da exposição
José Bártolo é curador, professor e crítico de design sediado no Porto. Trabalha como curador independente desde 1998. Foi comissário do Representação Portuguesa na XXI Trienal de Milão (2015) e curador da exposição Duets no Beijing Design Week (2014). Em 2015 foi convidado pelo Governo de Portugal para assumir a curadoria da exposição comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril. Fez a curadoria de inúmeras exposições, entre as quais Portugal Imaginário – Turismo, Propaganda e Poder (2018), Enquanto Existir o Mundo (2016), Desejo, Tensão, Transição (2015). Publica regularmente sobre design, sendo atualmente coeditor de Post Millennium — Critical Essays on Contemporary Tensions. É o curador geral da Porto Design Biennale’19. Sara Pinheiro é formada em Estudos Artísticos – Especialização em Estudos Museológicos e Curadoriais. Estagiou no Museu da Imagem (Braga) e integrou o Departamento de Relações Artísticas da Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas. Foi responsável pela inventariação de obras de arte e da coleção de cartazes da Cooperativa Árvore. Colaborou com o Festival Trama com textos críticos sobre performance (2011). Foi cocomissária da exposição Pintura ou Não? (Árvore, 2012), que reuniu obras do Acervo do Museu da FBAUP. Atualmente é Gestora de Projeto da esad—idea, Investigação em Design e Arte.  

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Portugal Imaginário — Turismo, Propaganda e Poder (1910-1970)


Organização
Câmara Municipal de Matosinhos; esad—idea, Investigação em Design e Arte
Curadoria
José Bártolo, Sara Pinheiro
Coordenação Geral
Bárbara Araújo
Design Gráfico
Inês Nepomuceno
Design Expositivo
Tomás Lobo
Caligrafia
Hugo Xesta
Imagem e Som
Fernando Miranda, Tânia Franco
Produção
José Castro, Carlos Sousa, Rute Carvalho, Alexandre Barbosa, Sara Cardoso, Patrícia Marta, Catarina Freitas
Cedência de Materiais
Biblioteca Silva, Câmara Municipal de Matosinhos, Conservas Pinhais, José Bártolo, Paulo Marcelo

Câmara Municipal de Matosinhos


Presidente
Luísa Salgueiro
Vice-Presidente
Eduardo Pinheiro
Vereador da Cultura
Fernando Rocha
Coordenação
Clarisse Castro, Maria José Rodrigues, Maria José Mesquita
Comunicação e Relações Públicas
Jacinta Batista
Assessoria de Imprensa
Jorge Marmelo

esad—idea, Investigação em Design e Arte


Direção
Albano Lemos Pires, Joana Santos, João Lemos, Sérgio Afonso
Direção Executivo
Diogo Vilar
Direção Científica
José Bártolo
Assessoria de Comunicação
Mafalda Martins, Ana Rita Carvalho